Tratamento - Sobre Atendimentos Psiquiátricos e Psicoterapia

No post anterior começamos a falar sobre a questão dos diagnósticos psiquiátricos, como ele pode auxiliar no delineamento do tratamento e da necessidade de não reduzir a subjetividade do sujeito a um mero diagnóstico. Nesse post, falaremos sobre a aliança que o tratamento psiquiátrico precisa ter com a psicoterapia e sua importância na condução do cuidado.
A união entre a psiquiatria e a psicoterapia nos casos de adoecimento psíquico tem como objetivo aliviar o sofrimento do paciente. A medicação psiquiátrica não substitui a psicoterapia e nos casos mais graves a psicoterapia sozinha pode não ser suficiente. A medicação cumpre a função de amenizar os sintomas do paciente que muitas vezes deixam os indivíduos mais improdutivos, se sentindo incapacitados, tornando difícil até mesmo realizar atividades cotidianas e os cuidados de si. A medicação age de forma orgânica, mas ela sozinha não é suficiente para que haja uma melhora no quadro, tendo em vista que a medicação não afeta as maneiras como o indivíduo pensa, sente e percebe a vida.
Nesse sentido, a psicoterapia se faz necessária ao oportunizar ao sujeito que verbalize seus pensamentos e sentimentos, tomando a sua fala como seu instrumento para recordar, repetir e elaborar seus medos, traumas, ansiedades e tristezas. Assim, é possível que o indivíduo, mergulhando no fluxo de suas associações e sentimentos, possa dar sentidos próprios ao que sente e aos seus modos de estar no mundo. É a partir da união dessas duas frentes de cuidado que é possível ao paciente sentir uma melhora gradual de seus sintomas físicos e psíquicos.
Em algum momento da vida a maioria das pessoas necessitará de ajuda psicológica ou psiquiátrica, ainda mais em um momento tão difícil que vivemos hoje. Caso esteja sentindo algum desconforto emocional, procure ajuda!