Depressão e o suporte familiar

A família pode ser considerada como a rede primária de interação social e apoio do indivíduo. Por ser a referência nas crenças, valores e comportamentos dos sujeitos, se constitui como um importante fator de proteção contra o desenvolvimento de problemas emocionais ou psicossociais.

Larissa Dantas

7/12/20241 min read

A família pode ser considerada como a rede primária de interação social e apoio do indivíduo. Por ser a referência nas crenças, valores e comportamentos dos sujeitos, se constitui como um importante fator de proteção contra o desenvolvimento de problemas emocionais ou psicossociais. Quando sua estruturação e o suporte ofertado são disfuncionais, a família pode ser considerada fator de risco para a depressão, principalmente quando aliado a outros fatores como condição socioeconômica e baixo nível de suporte social.
A depressão é uma patologia muito presente atualmente e de modo geral tem como sintomas centrais a apatia, incapacidade de vivenciar prazer, perda do desejo sexual, insônia, dificuldade de concentração, humor deprimido, sentimento de fracasso, pessimismo e alterações do apetite.
O suporte familiar nos casos de depressão pode ser traduzido na quantidade de cuidado e proteção que é fornecido pela estrutura familiar a esse indivíduo em profundo sofrimento psíquico, oferecendo carinho, atenção, diálogo, informação, autonomia, empatia, afetividade, aceitação e liberdade. Entretanto, encontrar uma família com condições concretas para a oferta de todos esses quesitos não é uma tarefa fácil, principalmente frente a um momento difícil para as famílias, cuja conjuntura social e política do país é tão adversa. No caso da depressão, a existência de uma estrutura familiar mínima que ofereça cuidado e acolhimento, pode ser o diferencial no tratamento dessa condição.